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QUE É FILOSOFIA

QUE É FILOSOFIA

Que é filosofia?

Que é filosofia?

Uma resposta a pergunta levantada pode ser buscada entre os filósofos da Grécia Antiga, berço da filosofia. Aristóteles no começo da sua obra Metafísica, diz que o gosto pelas sensações mostra que todos os homens naturalmente desejam saber. Para comprovar isso basta recordar do cheiro (olfato) da comida sendo preparada e na sua temperatura (tato), enquanto a degustamos (paladar). Segundo o filósofo, delas a preferível é a da visão porque nos mostra diferenças entre as coisas. E de fato, ao nosso redor, podemos ver diferentes cores, tamanhos e formas. Logo, os sentidos nos proporcionam um tipo de conhecimento que é um contato direto com as coisas. Eles nos fornecem dados precisos e confiáveis que são difíceis de duvidar. Como posso duvidar que a árvore que estou vendo não é verde se meus olhos estão vendo que ela é verde!

Contudo, há ainda uma forma de conhecimento que vai além da sensibilidade. Sendo um observador da natureza, algo que inquietava Aristóteles era o de saber como as coisas podiam ser diferentes. Como explicar a diversidade de coisas na natureza? Ou seja, como explicar a diferença entre uma pedra e uma árvore, ou de um cavalo e um homem. Respondendo isso, Aristóteles trata da causa formal das coisas, que consiste em tratar a coisa naquilo que ela é. Quer dizer, Aristóteles busca algo que faz com que a árvore seja ela mesma e não seja uma pedra. Isto é a essência: aquilo que faz com que um cavalo seja o que ele é e não seja um homem. 

A essência da coisa define e delimita o que a coisa é. Define porque ela é o que faz com que uma árvore seja ela mesma e não seja outra coisa. Delimita porque uma laranjeira pode, por natureza, produzir laranjas e uma macieira produzir maçãs. Assim, se plantamos feijão não podemos esperar colher lentilhas! As coisas na natureza possuem um poder que lhes é inerente e que as tornam diferentes. O que faz com que haja diversidade de coisas na natureza é a essência. Então, a visão não nos deixa dúvida de que o que vemos na calçada é uma árvore, mas o que faz com que uma árvore seja uma árvore, e não um gato, o sabemos pelo conhecimento de sua essência.

Então, o que faz da árvore ser uma árvore e não ser um gato? Sua essência. Mas qual é a essência da árvore? Para o filósofo, a essência da árvore é de ter alma vegetal. Desse modo, encontramos na natureza coisas inanimadas como a pedra, e coisas animadas (com alma) que se subdividem em alma vegetal e animal. Dentre os animais o homem é aquele que possui alma racional. Porque o homem possui razão é que ele não se contenta com os dados imediatos fornecidos pelos sentidos e investiga pela essência das coisas. A pergunta do filósofo, neste caso, consiste em buscar princípios que estão atrás da realidade daquilo que aparece. Daí que para Aristóteles a filosofia é definida como investigação das causas últimas, ou seja, daquilo que vai além (meta) do sensível (física).

Podemos concluir que para o filósofo o conhecimento sensível nos dá a causa material das coisas, ou seja, a resposta a pergunta do que é feita a coisa. É assim que nossos sentidos nos atestam se a cadeira na qual sentamos é feita de madeira, ferro, ou vime. Já a investigação da essência nos dá a causa formal, isto é, nos fornece a resposta por aquilo que faz com que a coisa seja ela mesma e não outra coisa. Dos dois modos de conhecer o que está mais para a filosofia é o que busca pelas causas que vão além da física e por isso Metafísica. Etimologicamente, “filosofia” é a junção dois temos gregos philo, amigo, e sophia, saber. Daí que o filósofo é um amigo da sabedoria que não se contenta com as aparências, investigando racionalmente por aquilo que está além daquilo que ele vê.

Evandro Pegoraro

E-mail: evan.pegoraro@hotmail.com.br