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QUE É FILOSOFIA (III)

QUE É FILOSOFIA (III)

Que é Filosofia? (3)

 Que é Filosofia? (3)

 FONTEhttp://www.institutosapientia.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=1190:que-e-filosofia-3&catid=31:artigos-filosoficos&Itemid=111

Conforme Aristóteles, no Livro I da sua Metafísica, o conhecimento filosófico é superior ao conhecimento baseado na experiência. Os que confiam unicamente nela conhecem o particular e buscam coisas úteis à vida humana. Também chamado de conhecimento sensível é acessível a todos. A forma de conhecimento que lhe é superior é o conhecimento das causas e os princípios primeiros de todas as coisas, a saber, a filosofia. E isso não por uma utilidade prática, mas unicamente em vista do saber. A ciência das causas últimas tem um fim em si, não é útil. Daí o motivo pelo qual floresceu onde os homens providos de necessidades básicas (comer, beber) e livres das ocupações do cotidiano, possuíam tempo a especulações. Os homens começaram a filosofar para libertar-se da ignorância e não por buscar coisas úteis a existência deles. De todas as ciências a filosofia é a que merece mais honra, pois é aquela que Deus possui e tem por objeto as coisas divinas. Portanto, a experiência é um dos modos de conhecer, contudo o maior deles é aquela que busca as causas últimas.

A ciência é conhecimento do universal e trata dos primeiros princípios. Sabendo-se que princípios são sinônimos de causa, então, a ciência estuda as causas primeiras, que são, no geral, quatro: a causa formal, também chamada de substância ou essência (Que é?); a causa material, denominada de substrato (De que é?); a causa eficiente, como princípio de movimento (Quem fez?) e, por último a causa final (Para que?). Portanto, existem muitas causas de um mesmo objeto.

Aristóteles trata dos significados de causa e se expressa do seguinte modo. Primeiramente, fala de causa no sentido de que são feitas as coisas. Por exemplo, a causa material de uma cadeira é a madeira. Talvez na época de Aristóteles isso fosse mais fácil, pois, hoje existem cadeiras de plástico, ou de madeira e ferro ao mesmo tempo. Em todo o caso o que ele quis dizer é que um dos significados de causa é o material pelo qual algo é feito, respondendo-se a pergunta De que é? tal coisa.

Em segundo lugar, apresenta o sentido de causa como essência. Esse se refere ao modelo ou a forma de uma coisa. Assim, a forma de cadeira é aquilo que faz com que ela seja ela mesma e não seja uma mesa. É a causa formal que identifica as diferentes coisas na natureza, mesmo que a matéria seja a mesma. Ou seja, podemos ter uma mesa e uma cadeira feitas do mesmo material, causa material, no entanto, elas possuem formas diferentes. A forma é adquirida pela pergunta O que é? tal coisa.

Em terceiro lugar, causa como princípio de mudança. Se há uma causa de mudança então, precisa-se supor algo que a sofra. O exemplo dado é de que o pai é causa do filho, e, o contrário não é possível, ou seja, filho ser causa do pai. Ele pode ser pai um dia, mas ser causa do pai jamais. Daí que, quem faz é causa do que é feito. Para se inquirir sobre a causa eficiente como princípio se pergunta: Quem fez?

Em quarto lugar, a causa pode significar também o fim pelo qual tal coisa foi feita. No caso da cadeira, ela foi feita para sentar. Já a mesa foi feita para se colocar comida, as pessoas se reunirem, para estudar etc.. Assim, o exemplo dado por Aristóteles é o de que a finalidade de caminhar é a saúde. Desse modo, o que ele quer dizer é que todas as coisas tendem a um fim. A pergunta é Para que? tal coisa existe. Portanto, existem basicamente quatro causas de um mesmo objeto.

Contudo, existem muitas outras causas em associação como nos exemplos seguintes. Tanto o bronze como o escultor são causas da estátua: o bronze sendo a matéria pela qual ela é feita e o escultor é quem a fez. Existem as causas acidentais: em certo sentido a causa da estátua é o escultor e noutro sentido é Policleto. Ou seja, a causa eficiente é o escultor e é acidental se ele é chamado de Policleto, Michelangelo, etc.. Logo, o nome do escultor é acidental. São também causas os gêneros das causas acidentais: em particular a estátua e feita pelo homem (gênero humano) e, em geral, ela é produzida pelo animal (o homem é um animal racional).

Portanto, um dos significados de filosofia preconizado por Aristóteles consiste na investigação das causas primeiras. Elas são, no geral, quatro: causa material, causa formal, causa eficiente e causa final.

Por Evandro Pegoraro